index.comunicación | nº 7 (3) 2017 | Páginas 145-162

E-ISSN: 2174-1859 | ISSN: 2444-3239 | Depósito Legal: M-19965-2015

Recibido el 29_05_2017 | Aceptado el 26_07_2017

A imprensa regional e o jornalismo praticado na região Amazônica no Brasil: análise do jornal ‘Diário do Amapá’

The regional press and the journalism practiced in the Amazon region in Brazil: analysis of the newspaper ‘Diário do Amapá’

La prensa regional y el periodismo practicado en la región amazónica en Brasil: análisis del periódico ‘Diario de Amapá’

Abinoan Santiago dos Santos y Paula Melani Rocha | abinoansantiago@gmail.com | paulamelani@gmail.com | Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Brasil

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Resumo: Na era da mídia digital e da globalização o jornalismo passa por mudanças estruturais. Afastado do grande centro, o jornalismo regional galga seu espaço e absorve as transformações em diálogo com as especificidades de uma área periférica no campo do jornalismo. O artigo apresenta parte das discussões do projeto de pesquisa ‘Jornalismo da Amazônia na era digital’ apresentado no Programa de Pós-Graduação Mestrado em Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa e do projeto de pesquisa ‘Inovação tecnológica e conhecimento científico em Jornalismo’. A reflexão traz uma revisão bibliográfica dos conceitos sobre jornalismo regional, jornalismo no interior e jornalismo glocal na tentativa de localizar o objeto da pesquisa nos estudos em jornalismo. Para isso, o texto situa algumas características sobre o estado bem como da imprensa sediada na referida localidade. A discussão tem como recorte o jornal Diário do Amapá. Palavras-chaves: Jornalismo regional; Jornalismo glocal; Jornalismo no interior; Webjornalismo.

Abstract: In the age of digital media and globalization journalism undergoes structural changes. Away from the great center, regional journalism gathers its space and absorbs the transformations in dialogue with the specifics of a peripheral area in the field of journalism. The article presents part of the discussions of the ‘Amazonian Journalism research project in the digital age’ presented in the Postgraduate Program Master in Journalism of the State University of Ponta Grossa and the research project ‘Technological innovation and scientific knowledge in Journalism’. The reflection brings a bibliographical review of the concepts about regional journalism, journalism in the interior and glocal journalism in an attempt to locate the object of research in studies in journalism. For this, the text places some characteristics on the state as well as the press based in that locality. The corpus of the research is the Diário do Amapá newspaper. Keywords: Regional journalism, Glocal journalism; Journalism in the interior of the country; Webjournalism.

Resumen: En la era de los medios digitales y de la globalización el periodismo pasa por cambios estructurales. Alejado del gran centro, el periodismo regional conquista su espacio y absorbe las transformaciones en diálogo con las especificidades de un área periférica en el campo del periodismo. El artículo presenta parte de las discusiones del proyecto de investigación ‘Periodismo de la Amazonía en la era digital’ presentado en el Programa de Postgrado Maestría en Periodismo de la Universidad Estatal de Ponta Grossa y del proyecto de investigación ‘Innovación tecnológica y conocimiento científico en Periodismo’. La reflexión trae una revisión bibliográfica de los conceptos sobre periodismo regional, periodismo en el interior y periodismo glocal en el intento de localizar el objeto de la investigación en los estudios en periodismo. Para ello, el texto sitúa algunas características sobre el estado así como de la prensa con sede en dicha localidad. La discusión gira en torno al periódico diario de Amapá. Palabras clave: Periodismo regional; Periodismo glocal; Periodismo en el interior; Periodismo Web.

Diário do Amapá, 23 e 24 de julho de 2017.

1. Introdução

O jornalismo brasileiro desenvolveu-se de forma mais acentuada nos grandes centros. Embora ao remeter para a história da imprensa brasileira, percebe-se que ela iniciou no jornalismo regional, mas que ao longo do paradigma informativo, sobretudo após a segunda metade do século xx, se acentuou a desaceleração do crescimento da imprensa e o distanciamento da cobertura regional. Após a criação em 1808 de dois jornais voltados para o Brasil, o Correio Braziliense editado em Londres, por Hipólito José da Costa, e a Gazeta do Rio do Janeiro, órgão oficial da corte portuguesa e primeiro jornal da iniciativa privada, começou a despontar periódicos em diversas regiões do país. É necessário deixar registrado aqui que a prensa não data com a vinda da família real. Anterior a esse acontecimento, suscitaram iniciativas no território nacional.

“A trajetória dos jornais tem início na Bahia em 1811, com A idade de Ouro do Brasil, depois em Pernambuco, com a Aurora Pernambucana e no Maranhão com O Conciliador, ambos em 1821. Paulatinamente, a imprensa espalhou-se para Minas Gerais (1822, O Compilador Mineiro), Ceará (1824, Diário do Governo), Paraíba (1826, A Gazeta do Governo) e, em 1827, surgiu o Farol Paulistano, na província de São Paulo. Em seguida, surge no Rio Grande do Sul, em 1828 (Constitucional Rio-Grandense), em 1830 em Goiás (Matutino Meiapontense), em 1831, em Alagoas (Íris Alagoense) e Santa Catarina (O Catarinense). Em Sergipe e Rio Grande do Norte circulou em 1832 (Recopilador Sergipano e Natalense). Em 1834, surgiu um jornal oficial no Piauí. Em 1839 foi a vez do Mato Grosso (Themis Matogrossense) e em seguida Amazonas (Cinco de Setembro). O último a criar um jornal foi o Paraná, em 1853 (Dezenove de Dezembro)” (Pilagallo, 2012 apud Rocha e Zauith, 2014: 25).

Os conglomerados de mídia se sobressaíram no paradigma informativo priorizando a lógica do processo de produção jornalística com referenciais dos grandes centros, mais especificamente do eixo Rio de Janeiro-São Paulo -Brasília. Olhar para o jornalismo praticado fora desse eixo, ou para além das transformações que abatem a imprensa mainstream, ou mesmo transpor as corporações jornalísticas regionais, ainda é um caminho a ser desbravado, ou pelo menos pouco percorrido e difundido pelos estudos em jornalismo no Brasil. Brito (2017) faz isso com maestria ao mapear as rádios comunitárias da região Sul Maranhense e identificar as características e especificidades do radiojornalismo exercido na região e em suas localidades. A pesquisa de Brito (2017) pode ser o ponto de partida ou referência a pesquisas futuras sobre a mesma região ou não.

Nesse sentido a imprensa do Amapá tem algumas similaridades com as rádios da região Sul Maranhense. Em uma busca na base de dados de teses e dissertações do portal da Capes (Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), o qual conta no total com mais de 12,3 mil títulos, realizada durante o mês de abril de 2017, não foi encontrado nenhum estudo sobre o jornal Diário do Amapá. Este jornal foi lançado em 1993 pelo jornalista Luiz Melo e é considerado o segundo imprenso mais antigo em atividade no estado.

O estado do Amapá está entre os estados brasileiros com menor número de jornais. Por outro lado, está localizado na região norte do país e abriga parte da Amazônia. É válido lembrar que a região Amazônica desperta interesses não só nacionais como também internacionais e faz fronteira com nove países.

A região amazônica ganhou maior visibilidade sobretudo nas iniciativas de jornalismo online, autodenominadas como independente. No Mapa de Jornalismo Independente[1] divulgado pela página da Agência Pública, há pelo menos quatro sites com escopo sobre essa região: Amazônia real; InfoAmazônia; Amazonas Atual; O Eco.

A discussão pretende analisar o jornalismo fora dos grandes centros e do eixo Rio de Janeiro-São Paulo-Brasília e dos conglomerados nacionais, em especial o jornalismo praticado no Diário do Amapá, bem como apresentar algumas de suas especificações. Assim, a estrutura compreende uma apresentação do respectivo periódico e algumas características, em seguida delimita o contexto regional e posteriormente traz uma revisão bibliográfica sobre imprensa sediada no interior, jornalismo regional, local e glocal, pois são as perspectivas teóricas utilizadas para apreender o objeto. É bom mencionar que entende-se por interior como a região localizada no interior do país e concebe como regional a abrangência de circulação do veículo, delimitada a uma região geográfica.

2. Procedimentos metodológicos

As perguntas levantadas na discussão proposta são: Que características do conhecimento relacionado às práticas sociais do jornalismo em transformação podem ser reconhecidas na realidade da situação tecnológica contemporânea do jornalismo exercido em regiões afastadas do eixo Rio de Janeiro-São Paulo -Brasília? Quais conceitos teóricos fundamentam e classificam o exercício desse jornalismo, considerando suas especificidades? Pretende-se encontrar as respostas para estas perguntas estudando uma realidade concreta determinada no tempo e no espaço, no caso o Diário do Amapá.

Para isso foi realizada uma revisão bibliográfica dos conceitos jornalismo regional, jornalismo no interior, jornalismo local, e jornalismo glocal na tentativa de situar o objeto da pesquisa nos estudos em jornalismo. Para isso, o estudo utilizou os autores Peruzzo (2005), Pinto (2013, 2014), Santos e Castro (2013) e Assis (2013). Outro procedimento adotado foi uma entrevista por email com a diretora de jornalismo do Sistema Diário, também responsável pelo Diário do Amapá, para levantar informações do respectivo periódico. Nesse sentido, foram consultadas reportagens publicadas no site do jornal no período de março de 2017, informações postadas nos sites oficiais dos jornais veiculados na cidade e também o mapa de jornalismo divulgado pela Agência Pública. E por fim, foi feita uma pesquisa bibliográfica que tornasse viável uma reconstituição histórica da imprensa do Amapá, a partir de alguns marcos.

3. Contextualização. A imprensa no Amapá: dos primórdios ao ‘Diário do Amapá’

Apesar de presente como alternativa de campo profissional em Jornalismo, a imprensa de cidades fora do eixo dos grandes centros populacionais do Brasil ainda é pouco explorada por pesquisas de mídia, segundo Marques de Mello (2005), que exalta a imprensa interiorana como importante instrumento de publicidade de demandas coletivas da comunidade.

Dornelles (2009) delimita de forma temporal que a imprensa do interior fixou suas bases no fim do século xix e na metade do século xx, sendo “reflexo de uma campanha de qualificação da imprensa local e regional, ocorrida praticamente em todo o país, mas especialmente nos Estados que aceleraram a industrialização, na última década do século 20” (Dornelles, 2009: 1). No Amapá, por exemplo, no extremo Norte do Brasil, foi nesse período que surgiu o primeiro veículo de comunicação do estado, o jornal impresso Pinsônia, criado em 1895 por Francisco de Mendonça Júnior. O periódico não teve muito tempo de vida, durando apenas três anos, sendo que o último número circulou em 1898. Scheibe e Augusto (2013) citam o Correio do Amapá como o segundo jornal impresso que surgiu no estado, fundado em 1915, por um militar, o coronel Jovino Dinoá, também com duração de três anos, encerrando as atividades em 1918, e tendo como um dos colaboradores o então pároco Júlio Maria Lombardi, que dá nome a uma das principais avenidas de Macapá. Ele escrevia artigos religiosos.

“Ao que parece, a imprensa local viveu no período inicial de surtos breves. A contar desde o início da imprensa, conforme os registros citados nos finais do século xix –entre os meios que se fixaram e os de vida breve–, o Amapá já teve aproximadamente 18 jornais impressos, 14 emissoras de rádio e 10 emissoras de TV” (Scheibe e Augusto, 2013:4).

Atualmente, o Amapá tem sete jornais, sendo três de circulação diária e os mais antigos em atividade são: Jornal do Dia, fundado em 1987; o Diário do Amapá, criado em 1993; e A Gazeta, existente desde 2001. Antes de aprofundar os estudos bibliográficos sobre a imprensa do interior, cabe explorar o objeto de estudo desta pesquisa, o Diário do Amapá.

Fundado pelo jornalista Luiz Melo, o periódico começou de forma semanal no dia 1 de janeiro de 1993, sendo produzido em caráter diário a partir de 1996. Inicialmente com 12 profissionais, o jornal tem atualmente no seu quadro dez pessoas que atuam diretamente na produção de reportagens. Além de atuarem no jornal impresso, os profissionais também são mão-de-obra em demais veículos do conglomerado, composto também por um portal de notícias, uma revista mensal, uma rádio e a recém-criada WEB TV, que formam o Sistema Diário de Comunicação.

Com uma tiragem de seis mil, podendo chegar a dez mil exemplares aos fins de semana, atualmente, a circulação do periódico abrange a capital do Amapá, Macapá, e os demais municípios, totalizando 16 cidades, conforme informações obtidas com a direção do jornal. Além disso, o periódico também é distribuído nas bancas de Belém, no Pará, estado vizinho na região amazônica.

Em relação ao produto jornalístico, o Diário do Amapá é composto por nove editorias (cidades, entrevista, esportes, geral, nota 10, polícia, política, política nacional e turismo). Também compõem 14 colunas escritas por 13 articulistas, sendo um deles o ex-presidente José Sarney, amigo do fundador Luiz Melo e com destaque nas páginas do jornal em artigos publicados aos domingos. Uma das colunas, chamada ‘Ponto e Vírgula’, é redigida por membros da redação e expõe pequenas notas sobre diversos assuntos do cotidiano.

O jornal impresso é alimentado como o mesmo conteúdo publicado no portal de notícias sem nenhuma edição diferenciada entre as duas plataformas. A última remodelagem no layout do site ocorreu em 2016, o que possibilitou a inserção da WEB TV Diário. Antes disso, já eram disponibilizados o jornal e a revista Diário em versão digital de forma gratuita e o link ao vivo para acompanhar a programação da rádio FM (90.9).

De tradição em gestão familiar, o Diário do Amapá tem no comando atualmente o fundador Luiz Melo como superintendente e os filhos dele, Ziulana Melo na chefia da redação e direção de jornalismo e Márlio Melo na direção administrativa. Além do mais, vale ressaltar que o Diário do Amapá está inserido em uma realidade diferente de demais regiões do eixo Centro-Sul do Brasil.

Para compreender o espaço geográfico onde se localiza o Diário do Amapá faz-se necessário situar aspectos da realidade do Amapá, região elencada como espaço geográfico pesquisado. Com população estimada em 728.295 habitantes, conforme a última projeção de 2016 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)[2], o Amapá localiza-se ao extremo Norte do país, na fronteira com a Guiana Francesa, sendo o segundo estado menos populoso. O território de 142,8 mil quilômetros quadrados é dividido em 16 municípios, sendo Macapá a capital e cidade mais populosa, com 465.495 habitantes, em 2016.

A economia do Amapá é ancorada no comércio, mineração e funcionalismo público. Influenciado pela posição estratégica no extremo Norte, o estado é porta de entrada e saída de mercadorias via fluvial através do porto de Santana, na foz do rio Amazonas com o Oceano Atlântico, principalmente com a exportação de grãos produzidos no Centro-Oeste do país.

Apesar do potencial econômico, no entanto, os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades, mostram que o Amapá tem a pior cobertura de rede de esgoto do país, com apenas 3,8% dos domicílios atendidos, enquanto a água tratada chega a somente 34% da população[3]. Quanto ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Amapá ocupa a 12º posição no ranking dos estados brasileiros, ficando atrás de todos das regiões Sul e Sudeste. A mesma colocação está no quesito educação, na mesma pesquisa, feita pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), órgão vinculado à ONU[4].

Um dado curioso do Amapá é sobre a incidência da internet na população. De acordo com o IBGE, 52,3% dos habitantes do estado têm internet em casa. A preferência de aparelho para acessar a web é o celular, com 99%, o maior percentual do país, seguido de microcomputadores (44,1%) e tablets (11,2%). Quanto à busca pela informação, o cidadão amapaense, no entanto, ainda tem a TV como o aparelho mais utilizado, com 96,9%. O celular (90,4%) e rádio (47,8) completam a lista[5].

4. Marco teórico. Por que estudar a mídia além dos grandes centros?

O jornalismo regional possui algumas especificidades. Uma característica da imprensa regional é a morfologia da redação. Comumente são redações enxutas com staffs reduzidos, em comparação com as redações de veículos tradicionais dos grandes centros. O jornal O Estado de S. Paulo, por exemplo, conta com mais de 250 jornalistas atuando na cidade de São Paulo[6]. Já o Diário do Amapá atualmente é produzido por dez profissionais, distribuídos em nove editorias, que trabalham diretamente com a construção de reportagens, ou seja, a relação é quase de um jornalista por editoria. Essa morfologia da redação não é exclusiva na região Norte do Brasil. Na região sul, em Ponta Grossa (Paraná) se verifica a mesma média proporcional de profissionais por editoria nos dois impressos da cidade: Diário dos Campos e Jornal da Manhã.

No caso do Diário do Amapá, os conteúdos são basicamente ancorados em eventos locais, tendo como principal foco a política do estado. Para fins de exemplificação, das 24 edições de março de 2017, apenas quatro manchetes principais não eram relacionadas a eventos políticos. Contudo, o jornalismo da região do Amapá deve demarcar suas características em conformação com a forma que dialoga com a sociedade, que incorpora as deontologias do jornalismo e também ao praticar o seu exercício, como um fenômeno histórico e cultural.

“Qualquer julgamento que fazemos sobre um sistema de mídia tem que ser baseado em uma compreensão clara do contexto social –de elementos como as divisões existentes no seio da sociedade, o processo pelo qual eles foram resolvidos (ou não) e os padrões vigentes de crença política” (Hallin e Mancini, 2004: 15).

Nesse sentido, para apreendê-lo também é necessário conhecer esse contexto social em que o jornal Diário do Amapá está situado. O estado do Amapá está localizado na região amazônica, embora uma vitrine do país para o mundo exterior, internamente é pouco visível pela imprensa mainstream. O Brasil não abriga de fato um jornal com cobertura nacional. As notícias nacionais comumente são as políticas e econômicas geradas em Brasília entre as instâncias executiva, legislativa e judiciária. Estados que sediam conglomerados de mídia e grupos de comunicação “parceiros” são mais visíveis como Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, mas este último atualmente aparece com mais frequência na mídia devido as investigações da operação Lava Jato[7]. Estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Amapá, Amazonas, Maranhão, Santa Catarina, Goiás, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, enfim todos os outros, só aparecem sejam nos impressos, telejornais, radiojornais, jornais online se acontece algo de grande repercussão pautado nos critérios de noticiabilidade de proximidade, no sentido cultural, ou inusitado, como tragédias, epidemias, corrupção, festas sazonais (festa junina, carnaval) ou campeonatos esportivos.

No Amapá, por exemplo, o caso mais emblemático, que deixou o estado em evidência por várias edições de veículos de circulação nacional, ocorreu em 2010, quando a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação Mãos Limpas[8], até então a maior ação de combate a corrupção no país, ficando atrás somente da Lava-Jato em número de investigados, segundo Santiago (2016). Na ocasião, foram presos o governador do Amapá naquele ano, Pedro Dias; o ex-governador, Waldez Góes; a ex-primeira-dama Marília Góes; o ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado, Júlio Miranda, além de secretários de Estado, empresários e membros do legislativo.

Apesar da valorização da mídia local a partir do fim dos anos 1990 em razão do efeito inverso proporcional pelo avanço da globalização, que gerou a consolidação da imprensa interiorana (Peruzzo, 2005), demais autores corroboram com a análise de Marques de Mello (2005) sobre a pouca incidência desse tipo de jornalismo em produções bibliográficas, como é o caso do pesquisador Francisco de Assis (2013a) que motivado pela escassez de estudos sobre a temática, lançou a obra Imprensa do Interior: conceitos e contextos.

Pinto (2014: 75) considera ser necessário realocar o olhar dos estudos de mídia sobre a temática em razão da “decorrente valorização do contexto regional no país”, a fim de buscar uma caracterização das perspectivas desse marcado, “com perfis variados, no intuito de compreender o seu papel e a sua influência”.

Em outro ensaio, Pinto (2013) relaciona a falta de produção em grande número sobre aspectos da imprensa no interior como reflexo da distribuição dos cursos de jornalismo entre as regiões brasileiras. Isto é, a partir de uma maior incidência de graduações nos grandes centros populacionais, a mídia fora desse contexto geográfico acaba sendo pouco estudada por pesquisadores.

“O crescimento da mídia regional ainda não foi proporcionalmente contemplado na academia. A lacuna deixada nos estudos de comunicação para este tema pode ser interpretada como um reflexo de assimetrias na própria área como o desenvolvimento desigual dos cursos de jornalismo nas regiões e a concentração acadêmica dos programas de pós-graduação no Sudeste. Este último fator acentua o olhar supervalorizado para o conjunto de veículos e produtos sediados nesta região nas pesquisas e nas bibliografias” (Pinto, 2013: 98).

De forma mais acentuada, Santos e Castro (2013: 2) atribuem o olhar distante das produções científicas sobre o interior a um certo “preconceito” por ser “uma espécie de coadjuvante no cenário da comunicação. Assis (2013b: 9) também cita o “preconceito”, o que para ele, deve ser “deixado de lado” para que ocorra investidas acadêmicas sobre o aspecto teórico a fim da mobilização de um repertório em relação à temática.

Diante das razões elencadas pelos pesquisadores, se torna imprescindível direcionarmos o olhar deste estudo à imprensa feita no Norte, mais especificamente no Amapá, que em consulta realizada no portal de teses da Capes[9], não contém pesquisas de pós-graduação voltadas para entender como funciona esse cenário no extremo do país. Foram pesquisadas produções a partir de 2006.

5. Regional, local, glocal e interior: aspectos conceituais e análise

Existem diversos debates conceituais em torno das definições sobre jornalismo regional, local e de interior, mas os discursos se alinham sobre as características que definem cada um, que é o aspecto geográfico como contextualização da abordagem da imprensa fora dos grandes centros.

“Imprensa do interior, imprensa regional, mídia de proximidade, pequena imprensa, mídia local, mídia nativa etc. São várias as denominações para descrever a mídia regional no Brasil, ou seja, o conjunto de meios de comunicação existentes em uma área geográfica” (Rabaça e Barbosa, 2001 apud Pinto, 2014: 96).

Assis (apud Pádua, 2015) sintetiza a imprensa no interior como “meios de comunicação –e seus desdobramentos– estabelecidos em cidades de pequeno e médio porte, localizados em espaços um pouco ou muito distantes dos grandes centros urbanos (metrópoles)”.

“Podemos dizer, então, sem medo de cometer equívocos que interior, na pesquisa acadêmica sobre a imprensa –e mesmo no chamado censo comum–, consiste em território que não o das capitais e o qual pode estar situado tanto na parte interna das unidades federativas, quanto no litoral e na fronteira entre estados ou na divisa dos países” (Assis, 2013 apud Pádua, 2015: 14).

Beatriz Dornelles (apud Santos e Castro, 2013) amplia o conceito interiorano de Francisco de Assis ao caracterizar o jornalismo de interior como homogêneo quanto a possibilidade de múltiplos interesses aos temas abordados. Para a autora, nos grandes centros, existe a necessidade de um conteúdo com assuntos plurais em razão da abrangência do veículo, o que é visto de forma inversa fora desse cenário geográfico, que apesar de abrangerem temas variados, a relação deles é habitualmente pontuada dentro do espaço no qual o meio de comunicação está inserido. “Os jornais do interior são produzidos a partir do noticiário local e regional, abordando temas de diversas naturezas” (Dornelles, 2004: 133 apud Santos e Castro, 2013: 7).

Neste aspecto, apesar de o jornal Diário do Amapá não estar inserido em uma região metropolitana, o fato de ser sediado em Macapá não o legitima como uma imprensa do interior, que além de excluir jornais do grande centro populacional, também não contempla os que atuam nas capitais dos estados. É válido lembrar que Macapá é a capital do estado do Amapá. Além disso, o Diário do Amapá, a partir da inserção de editorias como “Política Nacional”, deixa de ter um conteúdo homogêneo sobre assuntos interioranos de acordo com pontos de referências locais. Isto é, a escolha dos conteúdos dessa respectiva área do jornal não necessariamente tem obrigação de ter relação com o local onde o periódico está inserido.

Ao conceituar a mídia local, Dornelles (2009) mostra que o aspecto é menos geográfico e mais de conteúdo, com o foco nos produtos jornalísticos produzidos pela imprensa do interior, no entanto, com ligação a acontecimentos mais próximos da comunidade, com o propósito mercadológico de lucro viável, a partir de um destaque editorial aos “acontecimentos locais, praticamente desprezando o noticiário estadual, nacional e internacional” (Dornelles, 2009: 6).

“A comunicação local diz respeito à maioria das pessoas e membros integrados em determinado sistema local, ocorrendo de forma constante. Entende-se por ‘local’ a informação relativa a um bairro urbano ou a uma pequena comunidade ou a cidades de pequeno porte. O próprio jornal local deve ainda refletir a mesma delimitação geográfica, na forma como organiza as informações em cada edição, podendo recorrer mesmo a páginas especiais, destinadas às diferentes situações de cobertura. Ele deve ser constituído por notícias que dizem respeito a uma área geográfica relativamente restrita” (Dornelles, 2010: 238).

O conceito exposto por Dornelles é o mesmo de Peruzzo (2005), que concorda com a afirmação de que informação das mídias locais são ancoradas dentro de um espaço geográfico na qual pertence. Ela, no entanto, pondera que não existe um total esquecimento de demais acontecimentos fora desse contexto territorial, o que depende da política editorial de cada veículo e não algo uniforme. “A inserção local pode ocorrer com o propósito de esmiuçá-lo ou simplesmente para valer-se de algumas coisas do local, mas sem desvincular-se de sua vocação nacional” (Peruzzo, 2005: 75).

Essa prática de priorizar o local sem esquecer do nacional cria uma outra vertente dentro do contexto jornalístico fora das grandes cidades, o que é denominado de “glocal” em alusão ao avanço da globalização. A chamada glocalização é considerado um neologismo, citado pela primeira vez, em 1999, pelo sociólogo inglês Roland Robertson (Rocha, 2014), que a considera ser a interação entre o local e o global a partir do entrelaçamento de características de um sobre o outro.

No campo jornalístico, o glocal tem a mesma perspectiva conceitual, mas a partir da inserção de um meio de comunicação para fazer essa interação entre o local e o global, a exemplo do uso da internet na função operacional do jornalista ou na política editorial com conteúdo de abrangência plural.

Soares (2014: 4) considera que o glocal no jornalismo tem a proposta de “estabelecer relações discursivas entre as esferas locais e globais, bem como analisar a distribuição das informações nesses ambientes e a atribuição de relevância aos fatos ocorridos em diferentes espaços”.

“Glocal é um neologismo usado para indicar a superposição de um conceito global a uma realidade local, a partir de um meio de comunicação, prioritariamente (mas não exclusivamente) operando em tempo real. No ambiente glocalizado, o sujeito se vê em um contexto simultaneamente local (o espaço físico do acesso, mas também o seu meio cultural) e global (o espaço mediático da tela e da rede, convertido em experiência subordinativa da realidade). Sem o fenômeno da glocalização, suporte comunicacional das trocas em escala global, a derrubada das fronteiras para a circulação de produtos, serviços, formas políticas e ideias estaria prejudicada ou impossibilitada” (Cazeloto, 2007 apud Rocha, 2014: 49).

Ao pensarmos o Diário do Amapá dentro do aspecto local e glocal, podemos afirmar que, com base em análise de conteúdo e operacional do veículo, o jornal se aproxima mais do glocal ante o local pelo fato de expor em suas páginas conteúdos íntimos da comunidade onde circula, porém, sem abdicar do nacional a partir de uma ferramenta comunicacional, que no caso específico, é a Internet, que além de ser um item usado para reproduzir informações de portais de notícias de caráter nacional para editorias de cunho mais abrangente, como é o caso de Política Nacional e Esportes, também serve como interface de publicação dessas áreas dentro do seu site.

Também impulsionados pelo viés mercadológico alguns veículos de comunicação em cidades de pequeno e médio porte rompem os limites geográficos para atender parcelas de leitores em lugares próximos a sede onde está localizada a empresa jornalística, caracterizando-se como veículo de caráter regional.

Fernandes (apud Hartmann, 2011) em sua obra A força do jornal do interior classificou esse tipo de prática a partir da exemplificação de um jornal impresso, com tiragem maior em relação ao número de habitantes da cidade onde está sediado a fim de possibilitar a consolidação da sobrevivência econômica com a abrangência de leitores, assinantes e anunciantes em uma região.

O espanhol Juan Mercadé (apud Dornelles, 2010) tem o mesmo entendimento do ponto de vista geográfico e acrescenta os contextos de inclusão e oportunidade de acesso à informação de uma parcela maior de habitantes ao afirmar que a abrangência para além de uma cidade proporciona a difusão da região contemplada pela mídia.

Com base nos aspectos de Mercadé, Dornelles (2010) –que o considera mais completo por romper barreiras conceituais geográficas– define o jornalismo regional:

“A imprensa regional tem por área privilegiada de difusão a região ou a cidade na qual se situa também a sua sede editorial. A vocação, a intencionalidade, os conteúdos e a percepção sobre o leitor são determinados pelo contexto local ou regional, sendo também as relações com as instituições e organismos locais e regionais mais diretas, de caráter permanente e num grau maior de intensidade, comparativamente aos jornais que se encontram, administrativa, política e economicamente a um nível de desenvolvimento maior. Os itens apontados por Mercadé são mais completos, pois valoriza outros aspectos, que não apenas os relacionados à localização geográfica dos jornais” (Dornelles, 2010: 239).

Sendo assim, apesar de o Diário do Amapá cobrir jornalisticamente de forma bastante pontual eventos de grandes proporções no interior do estado, a exemplo de tragédia, a circulação rompe as fronteiras geográficas da cidade onde está sediado, tendo como foco o público de Macapá, do interior e da capital paraense, Belém.

Apesar dessa divisão entre o interior, local, glocal e regional, a função essencial que cada um exerce na sociedade é uniforme e importante ao dar possibilidade “de mostrar melhor do que qualquer outro [gênero jornalístico] a vida em determinadas regiões, municípios, cidades, vilas, bairros, zonas rurais etc.”, mesmo que por vezes, a informação sofra influência de forças políticas locais mais próximas, “ela acaba contribuindo na divulgação de temas locais” (Peruzzo, 2005:78).

6. Conclusão

A proposta desta reflexão foi buscar analisar conceitos teóricos sobre o jornalismo praticado fora dos grandes centros para compreender o jornalismo que se configura no jornal Diário do Amapá. Com base em uma revisão bibliográfica dos autores expostos acima sobre as concepções e categorização do jornalismo no interior, regional, local e glocal, podemos situar o objeto de estudo, que no caso, é o jornal Diário do Amapá, como um periódico de caráter regional e glocal. Sua classificação no primeiro modelo deve-se aos atributos geográficos, por difundir informações para além da cidade onde está sediado, transpondo para outros municípios e localidades; e a sua classificação no segundo modelo ocorre a partir da perspectiva de conteúdo, ancorado em notícias locais, mas com inserção de fatos nacionais, a exemplo de publicações sobre políticas e esporte. É interessante ressaltar que os modelos não são excludentes, o que permite transitar e aglutinar características que contemplam cada um. O glocal configurou-se em parte como uma estratégia de mercado para o fortalecimento das empresas jornalísticas regionais ainda no final do século xx.

Por outro lado, o Diário do Amapá deixa de atender aos conceitos de jornalismo no interior em razão de estar localizado em uma capital de estado, que no caso, é Macapá; e também não comtempla aspectos de jornalismo local em razão do teor do conteúdo publicado no periódico. As classificações são demarcadas por aspectos geográficos de localização, difusão e área de cobertura.

O atributos do glocal contemplam grande parte do jornalismo desenvolvido fora do eixo Rio, São Paulo e Brasília que dependem de conteúdos produzidos por agências de jornalismo para compor os espaços dos veículos regionais. Além do Diário do Amapá, os outros dois jornais impressos de circulação diária do Amapá, o Jornal do Dia e A Gazeta também são relativamente novos, datam da segunda metade do século xx, quando os conglomerados avançam para além do eixo Rio-São Paulo-Brasília.

A questão que suscita é se com as mudanças estruturais do jornalismo, acentuadas no século xxi, os impressos tradicionais Macapá, que também veiculam na plataforma online, irão dar continuidade a sua caracterização de imprensa regional e glocal ou se irão alçar novos desafios. Quais atributos buscam manter, se absorveram novos e se há aspectos de continuidade em diálogo com a inovação. Assim, a reflexão não tem a pretensão de se encerrar aqui, e sim aguçar reflexões sobre a configuração do jornalismo regional em um cenário de transformações.

7. Referências

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Para citar este artículo:

Dos Santos, A. S. y Rocha, P. M. (2017): ‘A imprensa regional e o jornalismo praticado na região Amazônica no Brasil: análise do jornal Diário do Amapá’, en index.comunicación, 7(3), 145-162.

[1][01] Acessado em 05 de abril de 2017 em: http://apublica.org/mapa-do-jornalismo/selecao-leitores.html

[2][02] IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2016. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2016/estimativa_tcu.shtm

[3][03] SNIS, Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos-2015. Disponível em: http://www.snis.gov.br/diagnostico-agua-e-esgotos/diagnostico-ae-2015

[4][04] PNUD Brasil. Disponível em http://www.atlasbrasil.org.br/2013/consulta/

[5][05] IBGE, Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios. Disponível em http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=ap&tema=pnad_internet_celular_2015

[6][06] É válido deixar registrado que a redação do jornal O Estado de S.Paulo já abrigou o dobro desse número de profissionais, na segunda metade do século xx, antes de passar pelas mudanças estruturais que vem abatendo o jornalismo atualmente.

[7][07] A operação Lava Jato é uma investigação de corrupção e lavagem de dinheiro realizada no Brasil, desde março de 2014, pela Justiça Federal, Ministério Público e Polícia Federal.

[8][08] Foi a maior operação de combate à corrupção realizada pela Polícia Federal, no estado do Amapá. O alvo cercou autoridades públicas envolvidas em desvios de recursos.

[9][09] CAPES, acessado em 24 de abril de 2017: http://bancodeteses.capes.gov.br/banco-teses.